D.Sebastião - O Desejado
Foi rei da Segunda Dinastia e o 16º Rei de Portugal, foi filho de D.João de Portugal e de Dona Joana de Áustria, filha de Carlos V, nasceu em Lisboa a 20 de Janeiro de 1554 e morreu em Alcácer Quibir a 04 de Agosto de 1578 e está sepultado em Lisboa no Mosteiro dos Jerónimos sem quaisquer descendentes. Começou a governar em 1557 e terminou em 1578 Quando D.João III morreu, em 1557, já todos os seus 9 filhos já haviam falecido. Como herdeiro direto restava apenas um neto, D.Sebastião, que tinha nessa altura apenas três anos de idade. Foi nomeado um regente até que o jovem rei tivesse idade para governar. Quando fez quatorze anos, D.Sebastião tomou conta do governo. Sendo, além de jovem, muito religioso e influenciável, o seu modelo eram os antigos heróis e o seu sonho as grandes batalhas de combate aos infiéis. Daí que o seu principal projeto fosse conquistar Marrocos aos muçulmanos.
Não era, aliás, o único a defender esta ideia. Desde que a Índia começara a dar mais prejuízos que lucros, muita gente estava de acordo em que era preferível conquistar o Norte de África – zona rica em cereais e comércio – do que continuar a manter com grandes sacrifícios o Império do Oriente.
Com o que quase ninguém esteve de acordo – sobretudo as pessoas mais prudentes – foi com a maneira como D. Sebastião preparou e dirigiu a sua expedição ao Norte de África. Em 1578, tinha então vinte e quatro anos, partiu para Marrocos com um exército de 17000 homens, dos quais cerca de um terço eram mercenários estrangeiros.
Embora os militares mais experimentados na guerra o aconselhassem a não se afastar da costa de onde lhe poderia vir auxílio dos navios portugueses, o rei preferiu avançar para o interior com as suas tropas. Encontrou o exército muçulmano em Alcácer Quibir e aí se travou a célebre e infeliz batalha em que foram mortos ou feitos prisioneiros praticamente todos os portugueses que nela participaram.
O rei também morreu na batalha, mas nenhum dos portugueses que regressaram disse que viu o seu corpo. A chegada da notícia desse desastre a Lisboa provocou cenas de perturbação e dor indescritíveis.
Das famílias nobres, poucas eram as que não tinham perdido um ou mais dos seus filhos e parentes. Outros tinham ficado cativos em Marrocos e iria ser preciso pagar grandes importâncias para os libertar. Mas, sobretudo, os portugueses choraram o seu rei que tinha morrido solteiro e sem deixar descendentes. Dois anos depois, Portugal perdeu a sua independência política, visto que Filipe II rei de Espanha e neto do rei Dom Manuel I, subiu ao trono de Portugal.
Durante os anos que se seguiram, o povo acreditava que Dom Sebastião não tinha morrido na batalha e iria regressar a Portugal, numa noite de nevoeiro. Então, reclamaria para si o trono e o reino ganharia de novo a sua independência. Esta crença popular ficou conhecida na história com o nome de “Sebastianismo”.
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