ACTO I
Palácio de Manuel de Sousa Coutinho, em Almada: num primeiro momento este espaço simboliza a paz e a aparente harmonia que domina a família. No entanto, o incêndio (final do Acto I) e a destruição do retrato de Manuel de Sousa Coutinho são já um prenúncio da catástrofe final.
ACTO II
Palácio de D. João de Portugal, também em Almada: este salão está imbuído de uma forte carga simbólica, não só pela quase ausência de luz pressagiadora da catástrofe final, mas também pelos retratos que, para além do carácter nacionalista que transmitem (D. Sebastião, Camões), evocam um passado ameaçador que inviabiliza o presente e, também, o futuro.
ACTO III
Parte baixa do palácio de D. João de Portugal: os espaços foram-se progressivamente obscurecendo e afunilando, tornando-se severos e despojados. Este último local é bem o símbolo da morte, e da impossibilidade de a superar, já que a única saída para uma família católica, que assume as suas convicções religiosas e sociais de forma clara e rígida, é a renúncia ao mundo e à luz.
Assim, e tal como o tempo o espaço assume, logo desde o início, um carácter pressagiador do desenlace final, contribuindo também para a intensificação progressiva da tensão dramática.
A atmosfera – Há ao longo da intriga dramática uma atmosfera psicológica do sebastianismo com a crença no regresso do monarca desaparecido e a crença no regresso da liberdade. Telmo Pais é quem melhor alimenta estas crenças, mas Maria mostra-se a sua melhor seguidora. Percebe-se também uma atmosfera de superstição, nomeadamente desenvolvida em redor de D. Madalena.
Fonte: http://auladeliteraturaportuguesa.blogspot.pt/
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